Em 2018, o Parlamento Jovem de Minas
completa 15 anos. Esse programa de formação política voltado aos
estudantes do ensino médio dos municípios mineiros cria a oportunidade
de conhecer melhor a política e os instrumentos de participação no Poder
Legislativo municipal e estadual.
A cada ano, os jovens escolhem um tema
de relevância social e vivenciam atividades de estudo, debates e
deliberação que contribuem para sua formação política. É uma
iniciativa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), por meio da
Escola do Legislativo (ELE), realizada em parceria com diversas câmaras
municipais mineiras.
Em Divinópolis a coordenação é da
Escola do Legislativo Dr. Deusdedith Afono Carrilho que realizou o
lançamento desta edição, em cerimônia especial na tarde da
segunda-feira, 19 de março. Na oportunidade, estiveram presentes os
estudantes da E.E. Joaquim Nabuco que farão parte das ações do projeto.
Eles puderam ouvir um pouco sobre o tema através das falas dos
vereadores que estiveram presentes: o Presidente da Câmara, Adair
Otaviano; a Primeira Secretária, Janete Aparecida; o Nonato,
representando a Comissão de Educação e ainda os Vereadores José Luiz da
Farmácia e Nêgo do Buritis.
O Diretor da Escola do Legislativo, Dr
Roberto Franklin e o Coordenador Pedagógico, Samuel Marques, na ocasião
também se pronunciaram explicando as ações e objetivos da edição 2018 do
Parlamento Jovem.
Os subtemas que vão orientar os
estudos e debates são "violência doméstica e familiar", "violência nos
espaços institucionais de poder" e "violência e assédio sexual".
Assista a cerimônia na íntegra:
Entenda o Tema
O Brasil ocupa a 5ª posição nos índices de feminicídio, atrás apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Federação Russa. Meninas e mulheres negras são as mais vitimadas. E a maioria das agressões vem de um familiar direto, parceiro ou ex-parceiro.
A violência contra a mulher tem também outras formas. Uma delas é a
pouca representação nos espaços de decisão e de poder, inclusive na
política.
Uma conquista importante para o enfrentamento da violência contra a mulher foi a promulgação da Lei Maria da Penha (Lei Federal 11.340, de 2006),
que cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e
familiar e estabelece medidas de assistência e proteção. Apesar desse
avanço, os dados continuam alarmantes.
Um outro aspecto dessa temática é a persistente situação da desigualdade entre os gêneros, nos diversos aspectos da vida social, apesar da relevância das muitas conquistas dos movimentos feministas: a sub-representação feminina nos espaços decisórios e de poder;
a ausência das mulheres nas esferas institucional e política; o fato de
as mulheres historicamente serem relegadas ao ambiente doméstico em relações marcadas pela subordinação a pais, maridos e filhos.
Todas essas questões são ponto de partida para as atividades do Parlamento Jovem em 2018. Como acontece em todos os anos, o tema foi dividido em três sub-temas, a fim de orientar os estudos e o debate:
Todas essas questões são ponto de partida para as atividades do Parlamento Jovem em 2018. Como acontece em todos os anos, o tema foi dividido em três sub-temas, a fim de orientar os estudos e o debate:
- Violência doméstica e familiar
- Violência nos espaços institucionais de poder
- Violência e assédio sexual